sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


O EVANGELHO DO SENHOR JESUS CRISTO


Por David Alfred Zuhars, Jr.


Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual sois salvos se retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que creste em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. 1 Coríntios 15:1-4.
O Evangelho são as boas novas, ou as boas notícias, sobre a salvação em Jesus Cristo. Nesta mensagem não há nenhuma palavra triste, somente há palavra feliz, de amor e de esperança. É a história do amor eterno de Deus para com os Seus eleitos. O Evangelho dá vida aos mortos em ofensas e pecados e esperança aos pecadores desesperados, salva os perdidos, justifica os condenados e faz crentes os incrédulos.
O Evangelho não é a declaração das opiniões humanas, nem a teologia, nem filosofia de alguém, nem a crença duma certa igreja, mas é a declaração dos fatos já acontecidos e relatados na Palavra de Deus. Não é a história da morte de qualquer pessoa, mas sim a morte do Filho eterno de Deus, Jesus Cristo. Muitos homens já morreram, mas é só a morte de Jesus Cristo que pode salvar o pecador da ira de Deus. O Evangelho é que Jesus Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia para salvar o pecador dos seus pecados.


O QUE É O EVANGELHO?


Somente podemos encontrar resposta para esta pergunta nas Santas Escrituras. Vejamos:
1. Jesus Cristo morreu por nossos pecados.
Cristo Jesus sofreu a ira de Deus e a pena do pecado no lugar do pecador, para salvá-lo das suas ofensas. O Justo (Jesus Cristo) sofreu no lugar (substituto) do injusto (pecador) para salvá-lo. Jesus, como o cordeiro de Deus, derramou Seu sangue para salvar o pecador. João 1:29. 1 Pedro 1:18-20, 3:18. Apocalipse 1:5. Jesus Cristo sofreu a pena justa de Deus sobre o pecador, que é a morte, e assim Jesus ganhou o perdão de todo pecado. Também Jesus ganhou a justiça que o pecador não tem, pela Sua vida perfeita (Sua obediência perfeita à lei de Deus). Esta justiça ganha por Ele é imputada ao pecador na salvação, por isso o crente em Jesus Cristo é santo perante Deus para sempre em Jesus Cristo. É só Jesus Cristo quem salva.
2. Jesus Cristo foi sepultado.
Cristo Jesus morreu de verdade e por isso foi sepultado. Ele sofreu a pena justa do pecado, que é a morte, no lugar do pecador. Ele sofreu pelos pecados dos outros, não pelos pecados dEle, porque Jesus Cristo levou uma vida perfeita, conforme a lei de Deus. Ele conheceu a morte por nós, os pecadores.
3. Jesus Cristo ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
Esta é a prova que Jesus venceu o pecado, o sepulcro e a morte, pelo pecador. Atos 10:39-41. Esta é a garantia da salvação e da vida eterna para todos os eleitos de Deus. Romanos 4:25. O Salvador morreu sim, mas Ele ressuscitou mostrando que a salvação foi feita e cumprida perfeita e eternamente. Jesus Cristo vive para nos salvar, interceder por nós (crentes) e vir nos buscar um dia para ficar com Ele para sempre. A
ressurreição é a garantia de tudo que Jesus Cristo fez para salvar o pecador. Ele salva do pecado e dá vida eterna.


O EVANGELHO É O PODER DE DEUS PARA A SALVAÇÃO


1. Deus mandou o Seu povo pregar o Evangelho a toda criatura.
Mateus 28:18-20. Marcos 16:15. Devemos pregá-lo aos perdidos. Ninguém pode ser salvo sem ouvir o Evangelho. Romanos 10:17. É o que Deus usa para chamar os eleitos eficazmente à salvação em Jesus Cristo. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Romanos 1:14-16.
2. O Evangelho verdadeiro é o poder de Deus para a salvação.
O Evangelho que é o poder de Deus para a salvação não é o evangelho falsificado de Satanás. Gálatas 1:6-9. 2 Coríntios 11:3-4, 13-15. O “outro evangelho” (falso) ensina que o pecador é salvo pelos seus méritos, seus esforços e suas boas obras, mas a Bíblia diz que o pecador é salvo pela graça de Deus. O evangelho falso prega outro Jesus (o falso) que não pode salvar ninguém, porque o evangelho falso nega que o pecador é salvo pela graça e que Jesus Cristo já fez tudo que é necessário para salvá-lo. É o evangelho da religião falsa. É a falsificação do grande enganador e falsificador, Satanás. Satanás é o pai da mentira e este evangelho é a mentira dele. Não tem poder para salvar ninguém. Paulo diz que quem prega o outro Jesus e o outro evangelho, que seja anátema (amaldiçoado), porque o pecador é salvo pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo. Efésios 2:8-10.
3. O pecador recebe esta salvação pela fé em Jesus Cristo.
A salvação é pela fé em Jesus Cristo, sem as obras da lei. É pela fé na obra que Jesus fez para salvar. Gálatas 2:16. Que obra é essa? Ele morreu, foi sepultado e ressuscitou para salvar perfeita e completamente, mais nada e menos nada. Essa fé não pode ser dividida entre Jesus e uma religião, obra, santo, Maria, ritual, nem nada. Romanos 11:6. É a graça de Deus que leva o pecador a confiar em Jesus Cristo como seu Salvador. Filipenses 1:29. Essa fé que vem de Deus leva o pecador a confiar em Cristo como seu Salvador único e suficiente. Essa salvação é para aquele que crê em Cristo Jesus como sua única esperança do céu. É só Jesus Cristo quem salva!


O EVANGELHO REVELADO E DESCRITO NA BÍBLIA


O Evangelho está revelado e descrito de várias maneiras na Bíblia. Vamos vê-las:
1. O Evangelho da salvação. Efésios 1:13.
É a mensagem verdadeira da salvação por Jesus Cristo. Quem confia nEle como seu único e suficiente Salvador é salvo para sempre.
2. O Evangelho da graça de Deus. Atos 20:24.
A salvação é pela graça de Deus somente. Os crentes em Cristo foram eleitos pelo Pai para a salvação, remidos pelo Filho, Jesus Cristo, chamados pelo Espírito Santo, justificados de todo pecado, serão glorificados, e tudo isso eternamente.
3. O Evangelho da paz. Efésios 6:15.
Através do Evangelho o crente tem paz com Deus. Por quê e como? Porque somos reconciliados com Deus por Jesus Cristo. Nós éramos inimigos de Deus e
condenados por Ele, mas agora somos amigos de Deus e salvos da Sua ira por Jesus Cristo. É por isso que temos perfeita paz com Ele.
4. O Evangelho do reino. Mateus 4:23.
Sem Jesus Cristo não é possível entrar no reino de Deus. João 3:5-6, 14-18.
5. O Evangelho da glória de Deus. 2 Coríntios 4:4.
A glória do Evangelho excede a glória da lei, porque Jesus Cristo é a glória do Evangelho, Ele é o Salvador glorioso que salva o pobre pecador, toda a glória pertence a Ele na salvação.
6. O Evangelho da incircuncisão e da circuncisão. Gálatas 2:7.
O Evangelho é para o judeu e o gentio igualmente. Existe só um Salvador e um plano de salvação para todos os povos de todas as épocas.
7. O Evangelho eterno. Apocalipse 14:6.
O Evangelho de Deus não muda. É o mesmo desde a eternidade e para sempre. É só Jesus Cristo que salva.
8. O único Evangelho. Gálatas 1:6-9.
O chamado evangelho que não concorda com este, não é de Deus, nem da Bíblia, nem da graça de Deus.
9. A esperança do Evangelho. Colossenses 1:23.
O Evangelho de Cristo nos dá a esperança da salvação. Somos salvos agora e estaremos com Ele para sempre. Jesus Cristo nos apresentará lá no céu salvos de todo pecado. É uma coisa absoluta, garantida e de certeza.


CONCLUSÃO


“E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho”. Marcos 1:14-15.
A maioria das pessoas em nosso País, ama e respeita a Bíblia e cada dia aumenta o número daqueles que desejam compreendê-la melhor. Muitos, no entanto, têm dificuldades para entender seu último livro (o Apocalipse), com sua fluente linguagem profética, vívidas descrições e misteriosos símbolos. Porém, a mesma Bíblia tem a chave para interpretar as fascinantes revelações apocalípticas. Nesta série de estudos bíblicos, você conhecerá e identificará, com vibrante entusiasmo, o significado de seus segredos.
Outra agradável surpresa é a descoberta de que o Apocalipse não é um tesouro ancorado no passado longínquo, nem um tabu indefinido na penumbra de um futuro incansável, fechado à percepção presente. O anjo de Deus ordenou que não fosse selado (Apocalipse 22:10 ), e alegre-se! É um livro aberto especificamente para a nossa época (Apocalipse 22:10-12 ). Mais ainda: contém uma promessa de bênção especial para aqueles que o estudam e respeitam sua revelação. Deus vai revelar os segredos do Seu Reino para você e sua família.
João escreveu o livro do Apocalipse na rochosa ilha de Patmos ( Apocalipse 1:9), que fica no mar Egeu, para onde havia sido exilado por ordem do imperador Domiciano. Por causa de sua fé, foi obrigado a trabalhar nas minas. Naqueles dias Patmos servia como prisão de máxima segurança. João escreveu sob circunstancias difíceis e desanimadoras. Mas Deus transformou a maldição em bênção! Jesus buscou o que outros escritores da Bíblia haviam dito sobre o tema. Seu método, sem dúvida, é o correto; permitir que a Bíblia se explique a si mesma. É assim que devemos estudar o Apocalipse. A chave que abre os mistérios do Apocalipse está no estudo do Antigo Testamento. Taylor G. Bunch diz que 27 livros dos 39 do Antigo Testamento são citados em Apocalipse, e dos 404 versículos, 276 são citações de outros autores bíblicos. Por isso é que o mistério que envolve os símbolos do Apocalipse se torna claro quando estudamos outras passagens bíblicas sobre o mesmo tema. Ao ler Apocalipse, notamos que Deus estava mostrando incidentes e fatos que o Seu servo via com os seus olhos e ouvia com seus ouvidos. Portanto, João, ao informar as visões, diz: “Eu vi” ou “olhei” e “ouvi”, ou algo semelhante, pelo menos 73 vezes. Em Apocalipse, Deus está apresentando acontecimentos, nações, movimentos religiosos e organizações. Mensagens como em filmes com imagens e palavras. Diríamos hoje que Deus revelou o Apocalipse por meio de impressões audiovisuais.
Jesus falou em símbolos (parábolas) para que as entendessem somente aqueles que estavam relacionados com as coisas espirituais. Se o Apocalipse tivesse sido escrito numa linguagem literal, há muito que os inimigos de Deus o teriam destruído. Deus, na Sua sabedoria, apresentou Suas mensagens numa linguagem compreensível somente para “os Seus servos” (Apocalipse 1:1.)
Os símbolos não impedem a compreensão, porque a Bíblia nos dá o seu significado.
A falta de sinceridade priva as pessoas da capacidade de entender a mensagem profética, por isso é que para muitos a revelação do Apocalipse parece obscura e fechada. Como exemplo vemos um caso no Antigo Testamento: Isaias 29:10-14; São Mateus 13:14.
Deus o abençoe ao estudar Suas profecias através desta série. A vida eterna começa agora!

A PROFECIA E A VIOLENCIA BIBLICA

Dois advogados da Bavária (Alemanha) pediram há algum tempo a um ministro do governo alemão para classificar a Bíblia como um livro perigoso para crianças, por causa do seu conteúdo violento.
"Ela prega o genocídio, o racismo, inimizade para com os judeus, execuções terríveis de adúlteros e homossexuais, o assassinato de seus próprios filhos e muitas outras coisas perversas", escreveram Christian Sailer e Jeoachim Hetzel.
Mais tarde, ambos também disseram que a Palavra de Deus contém "passagens sangrentas e que violam os direitos humanos".
Eles queriam que a Bíblia fosse colocada na lista de livros impróprios para crianças até que as passagens ofensivas fossem removidas. Quanta intolerância desses liberais!
Uma coisa está clara sobre esses advogados alemães: eles não entendem nada da interpretação das idéias e dos ensinamentos da Bíblia. Se formos nos basear no seu modo de pensar, todos os livros de história e a maioria dos artigos de jornal também teriam de entrar nessa lista, caso fossem aplicados os mesmos padrões. É claro que esse tipo de acusação é absurda, sendo fruto da lógica "politicamente correta" levada ao extremo.
Não obstante, durante anos tenho visto muitos cristãos que criam na Bíblia abandonarem a fé, por acreditarem que a violência por si só é sempre um erro.
Muitos cristãos caíram por causa dessa linha de raciocínio liberal, que diz que a violência é sempre errada. Se isso fosse verdade, teria faltado ética ao próprio Deus.
O filme "O Patriota" foi considerado impróprio para menores [nos EUA], porque mostrava um menino tentando atirar num soldado inglês durante a guerra pela independência dos Estados Unidos. Não há quase nenhum palavrão e nenhuma cena de sexo no filme, mas por causa da visão liberal de que toda violência é categoricamente algo ruim, o filme foi censurado.
Você já parou para pensar: se Hollywood fizesse um filme fiel aos relatos da Tribulação e da Segunda Vinda, esse filme seria um dos mais violentos da história do cinema? Então, podemos nos perguntar: qual é a perspectiva bíblica da violência e como ela se relaciona com a profecia?

A Bíblia e a violência
Não estou dizendo que a violência é uma coisa boa. O que quero dizer é que, na perspectiva bíblica, neste mundo caído, pode-se afirmar que existe a violência "boa" e a "ruim". Creio que a Bíblia ensina que existe uma violência que deve ser exercida contra o mal e que há também a violência ruim, aquela praticada contra os inocentes.
A violência surgiu por causa da queda do homem, através do ato de rebeldia de Adão (Gênesis 3.1-18). Por causa daquele ato de desobediência, Deus amaldiçoou Adão, Eva e a serpente [Satanás] (Gênesis 3.8-18). A maldição de Deus foi o julgamento dos culpados por causa de sua rebelião. O julgamento normalmente envolve algum tipo de violência.
Já que Deus é justo, Ele não pode permitir que o pecado e a rebelião fiquem impunes. Logo, quando a justiça de Deus encontra o pecado, o resultado é um julgamento violento. O julgamento é necessário porque Deus é justo. Essa é a violência justa, de Deus para o homem.
A violência injusta é demonstrada pelo homem caído para com o seu semelhante, sendo que ela é uma conseqüência da sua natureza caída e pecaminosa. Por exemplo, violência ruim foi o resultado do ciúme que Caim teve de Abel, quando o assassinou (Gênesis 4.3-15) com uma faca que era usada para os sacrifícios (essa idéia está implícita na palavra grega usada em 1 João 3.12). Esse é o tipo de violência ruim à qual devemos nos opor, já que ela é a expressão do nosso pecado, da nossa rebelião contra Deus e Seus mandamentos.
As coisas não ficaram melhores depois que Caim matou seu irmão. Ao invés disso, elas degeneraram, gerando mais violência. Gênesis 6.11 nos diz que uma das razões para o dilúvio nos dias de Noé foi que "a terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência".
Certamente não de violência justa, mas sim da violência reprovável dos homens, por causa do seu pecado. A justiça de Deus foi expressa no dilúvio porque Sua perspectiva era que a terra "...estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra" (Gênesis 6.12). A resposta de Deus foi: "...os farei perecer juntamente com a terra" (Gênesis 12.13) – um julgamento justo expresso no ato violento do dilúvio.
O dilúvio não lavou a natureza pecaminosa da humanidade, nem seus atos pecaminosos individuais. Já que a humanidade não poderia se autogovernar, Deus instituiu o instrumento do governo civil, acompanhado da pena capital, com o propósito de restringir a violência da humanidade (Gênesis 9.5-7), até que Cristo retorne para reinar e governar pessoalmente

Profecia e violência
Qualquer pessoa familiarizada com as profecias bíblicas sobre o final dos tempos entende que as Escrituras retratam a violência global. A Tribulação, que durará sete anos, será um tempo em que mais da metade da população do planeta irá morrer (veja Apocalipse 6.8,8,15). Alguns irão morrer pela mão de outros homens (Apocalipse 6.8), enquanto outros serão mortos por anjos (Apocalipse 9.15). Entretanto, todo esse período de sete anos é chamado de tempo da "ira de Deus" (veja Apocalipse 6.15-17; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15). Zacarias 13.8 ensina claramente que dois terços dos judeus também serão mortos durante a Tribulação. Essa passagem não indica que porcentagem será destruída por agentes humanos ou divinos. Os eventos da Tribulação são uma mera preparação para o massacre que ocorrerá no Armagedom (Apocalipse 16.16; Joel 3.2,9-17), seguido pelo julgamento que nosso Senhor trará sobre o planeta Terra (Mateus 24.29-31; Apocalipse 19.11-21). Inclusive, no intervalo de setenta e cinco dias, entre a Segunda Vinda de Cristo e o início do Seu reino de mil anos (Daniel 12.11-12), todo incrédulo que ficar na terra será julgado e destruído (Mateus 13.40-43; 25.31-46).
Quando tentamos entender o plano profético de Deus para o universo e para a terra, deveria ficar claro que o julgamento de um Deus justo faz parte dele. Mas a graça de Deus para com os Seus eleitos, em todos os tempos, está incluída em todos os julgamentos relatados na Bíblia. O julgamento de Deus, que se dá através da história, é expresso na forma de uma violência boa, ou seja, da violência justa. Mas, por que é necessário que exista a violência proveniente de Deus?
O mal não pode ser removido sem a violência de Deus. Durante anos tenho encontrado muitas pessoas que expressaram seu desejo de ver o mal e a violência removidos do mundo. Essa preocupação se manifesta seguidamente em forma da pergunta: "Por que Deus permite as guerras, o sofrimento e a violência?" Tal questionamento demonstra como o mal e a violência não são entendidos corretamente.
O mal, a morte e a violência entraram no mundo como resultado do pecado do homem (Romanos 5.12-21; 1 Coríntios 15.20-22). O mal entrou no universo por intermédio de Satanás e de seus anjos caídos (Isaías 14.1-23; Ezequiel 28.1-19; Apocalipse 12.4), e o homem optou por ele. O julgamento de Deus através de um meio violento, a morte (e outros sofrimentos), é a única resposta que um Ser verdadeiramente santo e justo poderia dar.
Logo, para atender ao pedido dos críticos – "Deus não deve permitir o mal em Seu universo" – requer-se que haja um julgamento violento, para que o mal seja separado do bem. O pedido para que se remova o mal do universo é também uma exigência para que venha o fim da história, quando Deus removerá o mal através do Seu julgamento justo. É isso que o céu e o inferno representam: a separação eterna entre o bem e o mal. Não haverá violência no céu, mas ela nunca cessará no inferno. Paulo disse aos Tessalonicenses que eles poderiam descansar e não deviam preocupar-se em buscar vingança contra aqueles que eram a fonte de suas "...perseguições e tribulações" (2 Tessalonicenses 1.4). Por quê? Porque Deus irá tomar conta do problema quando voltar para o julgamento. Note que Paulo diz: "se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)" (2 Tessalonicenses 1.6-10).
Tal declaração requer violência para que seja cumprida. Essa violência será boa e justa porque desse modo serão corrigidos alguns dos erros da história. O Deus da Bíblia é um Deus justo.

Conclusão
Certamente todos nós já lemos uma história ou assistimos a um filme em que um indivíduo, um grupo ou uma nação são oprimidos por um tirano ou um valentão. Num ponto crucial da história, um herói chega para salvar a vítima e destrói o opressor. Quando chega esse momento na trama, sempre há uma sensação de alívio e de euforia porque o mocinho triunfou sobre o bandido, o bem sobre o mal, a justiça sobre a injustiça. Isso é o que deverá acontecer no drama real da história humana. Nosso Senhor retornará à terra, no ápice da tirania global de Satanás, do Anticristo e do Falso Profeta; e os lançará no abismo e no lago de fogo (Apocalipse 19.19-20.3). Espero que você esteja ao meu lado celebrando quando esse evento violento ocorrer. Talvez o mundo incrédulo irá questionar essa violência. Ainda assim, esse será um tempo em que Deus implementará na história a Sua retidão e justiça.
Estou convencido de que uma das razões porque muitos incrédulos se opõem à violência é porque sentem, no fundo de sua alma, que são incrédulos e que violaram os padrões de justiça de Deus. Essas pessoas sentem que, quando chegar a hora em que Deus separará para sempre o bem do mal, serão elas mesmas que receberão o julgamento violento de Deus. Logo, assim como Satanás, elas buscam estabelecer um padrão artificial, pelo qual tentarão dizer ao Deus santo: "Isso não é justo!" E, se isso não é justo, Deus não tem o direito de julgá-las. Entretanto, suas consciências pesadas não serão a base legítima para condenar a Deus e escusá-las, pois as Escrituras dizem que, no julgamento final, ninguém poderá se esconder desse evento (Apocalipse 20.11) e toda boca se calará diante dEle (Romanos 3.19). Todas as criaturas entenderão que o Deus da Bíblia é justo e reto. Sendo assim, todos os Seus atos são justos e retos, mesmo os atos de violência.
Mas é maravilhoso sabermos que Ele já providenciou uma maneira de escaparmos do julgamento violento de Deus. Ele fez isso através da morte violenta de Jesus na cruz, para que todo aquele que nEle crer receba a vida eterna e não entre em condenação. Essas são verdadeiras "boas novas" diante da realidade em que vivemos.
Por isso podemos acreditar que nem todo tipo de violência é ruim. Alguns tipos são bons, conforme tem sido demonstrado na história atual e será revelado a todos para que vejam e entendam como se dará a implementação do plano de Deus no futuro. Maranata!!!


ASS. THOMAS ICE